quinta-feira, 29 de março de 2012

Os Sem...

Sete meses lavando roupa da mão... Antigamente as mulheres achavam isso normal, até era uma terapia “bater” a roupa à beira de um rio. Entretanto, nos tempos modernos, qualquer pessoa que “bata” bem da cabeça, acha que viver SEM uma máquina de lavar é uma aberração.
Consegui passar um mês SEM celular, um período em que pude escolher quem procurar e ninguém poderia me achar quando eu não quisesse. Porque às vezes, tudo que você precisa é de um momento a sós, consigo mesma. Não precisa que uma caminhada ou uma tarde de compras e preguiça, sejam interrompidas por uma ligação. Cobranças ou conversas sem sentidos... (às vezes a melhor conversa é o silêncio).
Sobrevivi um mês SEM internet em casa, uma das razões pelas quais não publiquei nada por aqui. Já estava começando a ficar completamente fora do ar, saindo em busca de um computador com rede, que me conectasse com o mundo. Como não sou muito fã de celulares, me rendi a comunicação via internet, o que facilita muito a minha vida. Mas em meio a uma corrida pelo TCC, ficar mais tempo sem a “net”, seria o mesmo que cometer suicídio aos poucos.

No entanto, SEM celular ou SEM internet, sempre encontramos um meio de nos conectar com as pessoas e com a informação, porém passar um mês SEM guarda-roupa foi muito mais traumatizante. Não achei que seria assim tão difícil para uma pessoa organizada como eu. Mas como juntamos outro SEM - o que acontece com todo mundo nesse mundo moderno, o SEM tempo – só pode resultar em uma coisa: desastre.
Uma mudança já é meio complicada, mas lidar com as caixas e os sacos muito tempo depois é pior. Minhas roupas e as da minha irmã ficaram todo esse tempo em sacos e malas, por isso encontrar uma simples muda de roupa para vestir durante um dia normal é quase uma guerra. Percebi a nossa situação precária, quando precisei fazer uma mala para passar o fim de semana na casa dos meus pais. Era impossível achar o meu short preferido, ou uma regata básica. No desespero e como sempre – atrasada -, jogava as roupas para cima em busca de algo que servisse para um fim de semana comum. Foi uma verdadeira acrobacia já que ao mesmo tempo precisava fazer o mínimo de barulho possível, porque ainda era muito cedo e, venhamos e convenhamos, nada é mais inconveniente do que sacos de plástico.
Depois desse período, - um mês é sempre um tempo muito razoável para as coisas começarem a mudar-, fui praticamente obrigada a comprar um novo celular, precisei me render a contratar uma internet doméstica, que será instalada em breve e me presentearam com um dos melhores presentes que alguém poderia dar: um guarda-roupa.
Dizem que só quando perdermos é que realmente sentimos o valor que as coisas têm. Ficar sem celular ou internet, só me mostrou o quanto estamos presos e dependentes a essas ferramentas da modernidade – não existe mais o charme e a intimidade de escrever uma carta. Porém, descobri que ficar SEM guarda-roupa é desesperador. Como se espera encontrar alguma coisa para vestir numa bagunça que não lhe é familiar?
PS: Ainda continuo SEM máquina de lavar roupas.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A viagem da mala



Podem pensar que me perdi em meio a tantas roupas e reflexões, ou talvez na minha última liquidação... Mas acontece que meu guarda-roupa tem vida própria e é um universo mais complexo do que imaginava (por um breve momento achei que tivesse me perdido em Nárnia). Porém, a lógica é que nas férias, a correria ficasse menor e conseguisse deixar tudo em ordem. Doce ilusão.

Com a chegada das festas de fim de ano e das férias, dobrou-se o trabalho, mas principalmente as viagens. Viagens são sinônimos de malas e elas precisam ser montadas e desmontadas com uma perícia quase cirúrgica. Só existe uma forma de todas as roupas e sapatos entrarem na mala, uma vez perdida a ordem... Esqueça! Empurre tudo dentro e sente em cima da mala: o efeito é praticamente o mesmo.




O que realmente me fez desaparecer por um tempo, foi exatamente esse processo exaustivo de fazer as malas. Gosto muito de uma frase, que não faço ideia de quem disse, mas exprime bem o meu momento. “Está tudo bem. De qualquer forma, estamos sempre partindo”. A verdade é que estou partindo sempre de um lugar para o outro e praticamente preciso levar minha casa a tira colo.

Tudo o que uma garota precisa pode caber em uma bolsa pequena (se ela for mágica como a da Hermione), em uma mochila de acampamento ou em uma dúzia de malas tradicionais de viagem. Isso só acontece, por um simples motivo: o direito de escolha. Só que esse direito pode ser benéfico ou não... Você pode ter as melhores roupas para escolher conforme seu humor e o clima, mas isso também te fará levar todo o seu guarda-roupa nas costas.

O segredo é ter looks coringas para o frio e para o calor e que podem se misturar entre si, criando novas combinações. Assim é possível se vestir e se sentir bem em qualquer viagem, sem sofrer feito uma condenada com a quantidade ou tamanho das malas. E lembre-se de não se perder em nenhuma delas.