Relógios,
couro italiano, sapatos, vestidos, não importa o que seja, para essa
jornalista, (porque sempre tem uma jornalista nesses filmes?) fazer compras
deixa o mundo mais bonito e a vida mais feliz mesmo que seja por um momento.
Porém, o que ela não se dá conta é que mais dia ou menos dia a fatura do cartão
de crédito chega, junto com todos os credores.
O
filme de 2009 é encantador porque mistura comédia, romance, moda e várias
pitadas de lições com questões éticas e profissionais, sobre coisas mais
importantes do que dinheiro, compras e status. Além é claro de trazer os fofos
Isla Fischer (sempre a confundo com Amy Adams) e Hugh Dancy.
Imagino
que viver em Nova York com todas as lojas dos grandes estilistas dançando a sua
frente não deve ser fácil, mas se a sua carteira não aguenta a emoção, e sai
logo pulando para fora da bolsa é sempre bom ter um controle maior e não seguir
a luz, nem nada que brilhe muito.
Não
me considero uma viciada em compras, na verdade, estou muito longe disso, - é
claro que nenhum viciado assume que é, mas eu não sou! - porém, como ninguém é
de ferro, acredito que todo mundo tem um dia de Becky Bloom, torcendo para que
o cartão de crédito ou débito seja aceito, vibrando quando a mensagem
“transação provada” aparece na máquina, sentindo que tudo é maravilhoso com uma
nova aquisição e até mesmo se apaixonando por uma echarpe verde, como eu.
Pois
é, sucumbi à tentação e comprei uma echarpe verde da cor do dinheiro e do
sucesso, como bem diria a manequim do filme. Já tinha sido uma paixão à primeira
vista, com muito custo resisti bravamente, mas da segunda vez que a gente
se encontrou – sim, precisa ser um encontro mútuo -, percebi que era a última
peça e juntamente com um par de brincos de asas brilhantes, o pedaço de pano
saltou para dentro da minha bolsa, se protegendo de outras consumidoras
ensandecidas e guarda-roupas embolorados. E agora, assim como Becky, sou uma
jornalista com uma echarpe verde escrevendo sobre moda acessível.
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