sábado, 31 de dezembro de 2011

Como sobreviver a uma liquidação

Com o fim das vendas de Natal e Ano Novo, as lojas querem queimar os estoques e logo nos primeiros dias do ano já podemos ver as placas com promessas de mega promoções. PREÇOS IMPERDÍVEIS. OFF. SALDÃO. DESCONTOS DE ATÉ 70%.
Lojas lotadas é o resultado de todo esse marketing... Pessoas que não fizeram suas compras antes e esperam ansiosas para as promoções do início do ano, que vão deixá-las endividas no mínino durante os próximos seis meses.
Se você não quer enfrentar uma corrida pelo menor desconto, não quer pechinxar ou simplesmente não quer gastar dinheiro, passe longe dos centros comerciais ou das lojas que você “namora” a vitrine, assim não corre o risco de cair em tentação e nem fica sofrendo por aí, simplesmente ignore essa época de loucura para os comerciantes.

Mas se você economizou especialmente para a queima de estoque, é melhor ir  preparada para a guerra. Principalmente, se resolver visitar uma dessas lojas do “pegou, levou”, que vendem os produtos expostos, as prateleiras e até os atendentes.
Vá de tênis, mesmo que esteja um calor infernal. Acredite, é melhor ficar com o pé quente, do que destruído e sujo de tanto que as pessoas vão pisar nele. Vá de calça, mas confortável, nada de jeans apertado, você não precisa deixar a sua vida mais complicada na hora de experimentar as roupas. Nada de roupas brancas, a não ser que queira jogá-las fora depois. Prefira comprar as coisas menores primeiro, você não vai querer entrar numa loja de miudezas, com um endredon na mão. Não leve crianças ou namorados, eles se perdem e se cansam  com muito rapidez, prefira ir sozinha ou no máximo com uma amiga. Faça uma lista de prioridades, assim você não leva tudo o que tiver barato, mas somente o que realmente precisa. 
Vá com uma bolsa pequena transpassada, nada de mochilas ou megabolsas, já vai ter bastante trabalho para carregar as sacolas, além disso, é mais seguro e prático. Tome um chá de camomila antes, durante e depois de suas compras para não se estressar com empurrões, filas e reclamações. Ah, e não se esqueça de ir com o cabelo preso e sem maquiagem, você vai voltar descabelada e borrada de qualquer forma.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

As sacolas de fim de ano

Maratona. Acredito que essa palavra resume o fim de ano, com compras e festas e mais compras. As pessoas correm pelas ruas para entrar nos minutos antes que a loja de departamentos feche e se empurram nas vitrines e araras das lojas de grife e populares para não perder uma boa promoção. Garantir um visual bacana para as festas de final de ano e muitas vezes renovar o guarda-roupa é o objetivo das mulheres que se “matam” por um desconto.
Para fazer compras em qualquer época do ano, principlamente quando há placas e faixas indicando liquidação, prefiro ir sozinha, apesar de ter de carregar todo o peso das sacolas. Mesmo assim, prefiro criar o meu próprio roteiro de lojas, entrando aqui ou ali conforme o meu gosto.


Sem pressa ou correria. Enquanto fico tranquila, entrando no provador quantas vezes forem necessárias, sem ter ninguém para opnar ou me esperar, dou um sorriso solidário para os maridos, namorados e crianças, que aguardam desolados procurando um local para se apoiar ou sentar. É realmente uma judiação levar a família inteira para as ruas nessa época do ano, as crianças ficam impacientes, os maridos/ namorados estressados e confusos, sem saber se vão ter o limite do cartão estourado ou a carteira roubada.
O mais incrível desta época é ver como as pessoas “generosas” em busca de presentes para a família toda, deixam aflorar o instinto assassino na hora das compras. Atropelam sem dó qualquer um que esteja na frente. Numa competição frenética, as sacolas de fim de ano são usadas como armas para atacar ou se defender dos outros oponetes, vence quem sacar o cartão de crédito primeiro.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O dia do moletom

Tem dia que é difícil... O cansaço e a preguiça dominam. Ficar horas na frente do espelho experimentando todas as opções de combinações para se vestir não faz meu estilo, principalmente porque não tenho tempo e depois porque não tenho paciência, exceto em ocasiões especiais, os looks do meu dia-a-dia precisam ser práticos e versáteis.
Mas confesso que muitas vezes, tudo o que eu quero quando abro meu guarda-roupa é pegar um tênis, uma calça jeans e um moletom velho e surrado, a primeira coisa que encontro pela frente.  Nada de blusinha bonitinhas, com brilho e decotes, nada de saltos, nada de saia ou vestidos floridos e alegres. Qualquer coisa serve.

É por isso que adoro o casual day, a sexta-feira que é liberada para usar tênis e camiseta no trabalho. Enquanto espero ansiosamente este dia, aproveito o resto da semana para extravasar a minha preguiça de me vestir na faculdade, principalmente porque estou quase no final do curso.
As roupas expressam seu estilo de vida, pensamentos e humor. E como o humor é uma coisa que muda diariamente, tem dias que simplesmente não há “clima” para se vestir. Ou coragem para sair da cama ou de casa. A preguiça reina. Então para facilitar... Nada de passar a roupa, ou melhor, roupas que não precisam passar é a última tendência moderna e sustentável.
E nestes dias é incrível mesmo, passo longe de maquiagem também. Com cara limpa e um moletom velho enfrento as horas de aula e os afazeres na rua... Só fico torcendo para não encontrar nenhum príncipe na minha frente, e se por um acaso uma moça com jeito de modelo parar do meu lado, meu consolo é dizer: “Ah, não preciso ser assim, só preciso do meu cérebro em perfeito funcionamento”...

Sempre Azul

Coringa para ser usada no trabalho ou na balada, para o dia ou para a noite, o jeans foi incorporado à moda moderna. Com cintura alta ou baixa, boca skiny ou de sino, big ou boyfriend, rasgada, brilhante, pantalona, lavada e até com aquela cor de quem se arrastou no barro... Tem para todos os gostos.
Das ruas para a passarela e das passarelas para a rua, a sua origem é até que muito curiosa. O tecido começou a ser fabricado na França em 1872, na cidade de Nimes e acabou sendo abreviado para “denim”. Usado no início para confeccionar os uniformes dos marinheiros do porto de Gênova, na Itália, os franceses que exportavam o tecido o chamavam de “genes” e como ele precisava ser americanizado, se tornou o “jeans” que conhecemos hoje, quando ele chegou aos Estados Unidos.


Graças a Levi Strauss e Jacob David, o jeans dos garimpeiros da Califórnia foi reforçado com tachinhas de cobre, juntos eles criaram o jeanswear, o estilo reforçado de confecção, originalmente destinado para roupas de trabalho. Dos portos e das minas, a praticidade da calça jeans ganhou as passarelas com Calvin Klein na década de 70.
O que mais gosto da calça jeans é a sua democracia e flexibilidade, para homens e mulheres, ricos e pobres, ela se adaptou às tendências de cada época e misturou-se a todos os estilos. Além do mais ela reina absoluta no meu guarda-roupa e no de todo mundo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Paixão à vista ou a à prazo

Ainda me lembro da primeira vez que coloquei um sapato de salto, muito rico e fino, como dizem minhas amigas. Não era muito alto, mas até então só havia usado sandálias anabela, nada de salto fino. Mas sapatos são sapatos e de um jeito ou de outro você vai precisar deles e mergulhar no universo de variedade, modelos e cores. As criações são infinitas e quando percebe, existe uma lista de todos os tipos de sapatos para cada ocasião que é imprescindível, você comprar.
Para o dia-a-dia prático e versátil, uma sapatilha com um saltinho mínimo; para o casual day no trabalho e para as atividades físicas, um tênis; para os dias de diva, um sapato de salto bem alto; para os passeios de fim de semana, uma sandália alegre Anabela; para os dias chuvosos e frios, uma bota de salto médio e grosso...a lista de necessidades é enorme e não acaba aqui.


Porém, e sempre existe um porém, nem todo mundo ganhou na loteria ultimamente, e é impossível comprar tudo aquilo que “precisamos”. Essa “necessidade” é a primeira coisa que me pergunto quando vou comprar alguma coisa nova. A não ser é claro que você goste de enrolar o seu pescoço várias vezes por mês para puxar a corda no final do ano e descobri que está devendo até as calças, sim até mesmo aquelas calças de alfaiataria da última estação.
Sapatos são sim, uma paixão, mas algumas mulheres fazem um sacrifício sobre-humano para permanecer com um deles nos pés. Se eu me apaixono por um sapato à primeira vista, preciso ter um relacionamento rápido com ele antes de levá-lo para casa. Me desculpe, mas o conforto e o bem estar dos meus queridos pés precisam ser levados em conta, se o escarpam mais lindo da loja acaba com o meu pé e com o meu humor em uma festa, já era! Para mim, sapato bom é aquele que não aperta, não solta, não machuca, não deixa calos ou bolhas e que permite que eu fique a noite inteira em sua companhia, sem ter a vontade de atirá-lo longe.
Isso não tem preço! À vista ou à prazo, normalmente é à prazo, dinheiro nenhum paga o gostinho de não perder a elegância em qualquer ocasião. É uma questão de valores, é claro.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Virtudes preciosas

De alguma forma, e por vários motivos que encontramos nas ruas e sob os holofotes, cheguei a conclusão que para acertar em qualquer look bastam duas qualidades bem simples: elegância e o bom senso.  Para dissecar melhor o tema, busquei no dicionário o significado de cada palavra para não ficar nenhuma dúvida.
 Segundo aquele livro grosso e eternamente útil, a elegância é a qualidade de uma pessoa, que se distingue por um estilo sem afetação e tem boa proporção de formas, gentileza e graça. Já o senso é a faculdade de julgar e de raciocinar; existem vários sensos: o estético é a faculdade de apreciar a beleza, o íntimo é a consciência e o moral é a consciência do bem e do mal. Resumindo: uma pessoa com bom senso é capaz de julgar e entender o que vestir para se sentir bem e bela intimamente.

                               


Mais explicado impossível né? Acontece que tudo isso depende de cada um, e as mulheres procuram a beleza ideal em cirurgias plásticas e tratamentos milagrosos. Mas afinal do que serve toda essa beleza comprada se não sabemos valorizar o que temos de melhor? Ser elegante é ser diferente e não igual, é chamar a atenção pelo charme e harmonia, e não pelo excesso de informação. É aquela frase que eu adoro: o menos é mais. É aí que entra o bom senso ao escolher uma roupa, não porque ela está na moda, nem porque ela é de grife, mas porque ela lhe cai bem.
A elegância está em todo o contexto, não adianta se vestir bem e falar um monte de besteira. A elegância está na postura, no andar, na linguagem, no intelecto e na maneira equilibrada e agradável que se consegue mostrar o seu estilo. Não é fácil, mas nada que um pouco de treino não resolva.




A revolta do guarda-roupa

Na correria do dia-a-dia em que compras, contas, trabalhos e estudos se misturam em uma coisa só e quando é quase impossível manter o guarda-roupa em ordem, a não ser que você tenha quem arrumá-lo, parece que esse móvel aparentemente inofensivo, que tem a única função de manter em um lugar seguro alguns pedaços de pano, entra em uma espécie de revolta. Ele insiste em esconder as peças que estou procurando e faz reaparecer outras que eu preferia que já tivessem saído de lá.
Seria até engraçado, se não fosse trágico o fato de ter que se trocar no escuro. Ah, e isso não é uma figura de linguagem é literal, mesmo. Porque quando abro o meu guarda-roupa de manhã, se é que se pode chamar de manhã, às cinco e meia da madrugada, sem poder acender a luz para não acordar a minha irmã e preciso descobrir uma roupa para trabalhar, eu digo que isso é exatamente o que devemos chamar de missão impossível.


É por isso, que quando me sobra alguns minutos na minha semana, tiro tudo que tem dentro e arrumo todas as peças por cores, não que isso ajude muito no escuro, mas ainda sim é mais fácil saber o que vou encontrar quando estiver apalpando o lado esquerdo ou direito das prateleiras. Uma tática de guerra que criei para não chegar ao trabalho, com uma blusa amarelo canário e uma calça social roxa.
Arrumar o guarda-roupa é uma arte, e quando as mães pedem para organizar o nosso é porque, certamente, estão pensando no futuro. Afinal, não se pode sobreviver muito tempo no mundo moderno com um guarda-roupa em eterna revolta.

Olhar de dentro

Há pouco mais de cinco anos, descobri o meu gosto pela moda, por meio dos desenhos e criações de croquis, comecei a reunir todo tipo de material que pudesse representar o meu próprio estilo, com campanhas, editoriais e looks, que misturam tendências, épocas e inspirações. A ideia original era simplesmente descobrir o que me fazia bem e o que aguçava a minha inspiração, até que decidi unir a enorme coleção em uma encadernação, como o meu próprio manual de moda, com tudo aquilo que eu poderia combinar e usar à vontade, me inspirando na elegância e bom senso.
Foi aí que percebi que queria escrever a respeito, não como estamos acostumados a ler sobre moda, com as revistas especializadas ou as editorias que tratam sempre da mesma forma um assunto tão íntimo que é o estilo de cada um.


Acredito que toda arte perde o seu encanto, quando ela se transformada em indústria, e a moda é exatamente assim, com essa ideia de democratizar tudo, as pessoas acham que a moda precisa ser igual para todo mundo, e na verdade não é assim. As pessoas precisam aprender que somos nós que definimos a moda e não é a moda que nos define.
Ela representa as nossas inspirações e os nossos gostos, que vem de dentro e expressamos para o mundo lá fora, criando esse movimento inconstante e ao mesmo tempo cíclico da moda.
Assim, resolvi escrever sobre o difícil contraste entre a moda ideal, que vemos nas passarelas e no tapete vermelho, com a moda real, que encontramos nas ruas e o relacionamento muitas vezes complicado com o nosso guarda-roupa.