segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Olhar de dentro

Há pouco mais de cinco anos, descobri o meu gosto pela moda, por meio dos desenhos e criações de croquis, comecei a reunir todo tipo de material que pudesse representar o meu próprio estilo, com campanhas, editoriais e looks, que misturam tendências, épocas e inspirações. A ideia original era simplesmente descobrir o que me fazia bem e o que aguçava a minha inspiração, até que decidi unir a enorme coleção em uma encadernação, como o meu próprio manual de moda, com tudo aquilo que eu poderia combinar e usar à vontade, me inspirando na elegância e bom senso.
Foi aí que percebi que queria escrever a respeito, não como estamos acostumados a ler sobre moda, com as revistas especializadas ou as editorias que tratam sempre da mesma forma um assunto tão íntimo que é o estilo de cada um.


Acredito que toda arte perde o seu encanto, quando ela se transformada em indústria, e a moda é exatamente assim, com essa ideia de democratizar tudo, as pessoas acham que a moda precisa ser igual para todo mundo, e na verdade não é assim. As pessoas precisam aprender que somos nós que definimos a moda e não é a moda que nos define.
Ela representa as nossas inspirações e os nossos gostos, que vem de dentro e expressamos para o mundo lá fora, criando esse movimento inconstante e ao mesmo tempo cíclico da moda.
Assim, resolvi escrever sobre o difícil contraste entre a moda ideal, que vemos nas passarelas e no tapete vermelho, com a moda real, que encontramos nas ruas e o relacionamento muitas vezes complicado com o nosso guarda-roupa.

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