terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Paixão à vista ou a à prazo

Ainda me lembro da primeira vez que coloquei um sapato de salto, muito rico e fino, como dizem minhas amigas. Não era muito alto, mas até então só havia usado sandálias anabela, nada de salto fino. Mas sapatos são sapatos e de um jeito ou de outro você vai precisar deles e mergulhar no universo de variedade, modelos e cores. As criações são infinitas e quando percebe, existe uma lista de todos os tipos de sapatos para cada ocasião que é imprescindível, você comprar.
Para o dia-a-dia prático e versátil, uma sapatilha com um saltinho mínimo; para o casual day no trabalho e para as atividades físicas, um tênis; para os dias de diva, um sapato de salto bem alto; para os passeios de fim de semana, uma sandália alegre Anabela; para os dias chuvosos e frios, uma bota de salto médio e grosso...a lista de necessidades é enorme e não acaba aqui.


Porém, e sempre existe um porém, nem todo mundo ganhou na loteria ultimamente, e é impossível comprar tudo aquilo que “precisamos”. Essa “necessidade” é a primeira coisa que me pergunto quando vou comprar alguma coisa nova. A não ser é claro que você goste de enrolar o seu pescoço várias vezes por mês para puxar a corda no final do ano e descobri que está devendo até as calças, sim até mesmo aquelas calças de alfaiataria da última estação.
Sapatos são sim, uma paixão, mas algumas mulheres fazem um sacrifício sobre-humano para permanecer com um deles nos pés. Se eu me apaixono por um sapato à primeira vista, preciso ter um relacionamento rápido com ele antes de levá-lo para casa. Me desculpe, mas o conforto e o bem estar dos meus queridos pés precisam ser levados em conta, se o escarpam mais lindo da loja acaba com o meu pé e com o meu humor em uma festa, já era! Para mim, sapato bom é aquele que não aperta, não solta, não machuca, não deixa calos ou bolhas e que permite que eu fique a noite inteira em sua companhia, sem ter a vontade de atirá-lo longe.
Isso não tem preço! À vista ou à prazo, normalmente é à prazo, dinheiro nenhum paga o gostinho de não perder a elegância em qualquer ocasião. É uma questão de valores, é claro.

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